Dificuldade para entender o que as pessoas falam? causas
A perda auditiva geralmente se desenvolve de forma gradual, tornando-a não sempre evidente e fácil de perceber
Ouvir, mas não conseguir entender com ênfase as palavras das pessoas é uma das principais queixas de pacientes para profissionais especializados em saúde auditiva. A dificuldade em captar os sons de forma clara representa um dos principais desafios associados à perda de audição e será o tema deste artigo.
A perda auditiva não afeta apenas o ouvido; ela também impacta o cérebro, responsável por traduzir o som em palavras com significado. Os sintomas variam de pessoa para pessoa, e a perda auditiva pode manifestar-se em diferentes estágios.
Apesar de surpreendente, a maioria das pessoas enfrenta algum grau de perda auditiva, sendo mais notável em idosos, que tendem a experimentar mais os sintomas associados. No entanto, é crucial compreender que a perda auditiva não é a única razão para a dificuldade em entender a fala.
Como mencionado anteriormente, o cérebro desempenha um papel fundamental na interpretação do significado dos sons. Portanto, compreender a causa subjacente é essencial para buscar o tratamento adequado e iremos abordar na íntegra as principais causas da perda de audição.
Dificuldade em compreender a fala: possíveis causas e razões
Na linguagem falada, as tonalidades distintas das vogais e consoantes desempenham papéis cruciais. Enquanto as vogais carregam sons mais graves, as consoantes possuem tons mais agudos. A capacidade de ouvir as vogais é fundamental, pois alertam sobre a presença do som; no entanto, é o som das consoantes que confere significado e permite diferenciar uma palavra da outra.
Captação de sons mais agudos
Muitas pessoas com perda auditiva enfrentam desafios ao tentar captar os sons mais agudos, mantendo uma audição mais eficiente nos tons mais graves. Isso resulta na capacidade de perceber que alguém está falando, mas a dificuldade em entender as palavras persiste.
Por exemplo, na palavra “rato”, se a pessoa não consegue ouvir o som da letra “R”, torna-se difícil discernir se ouviu “rato”, “gato” ou até mesmo “chato” pode acreditar. A dificuldade em distinguir detalhes sonoros essenciais compromete a compreensão completa da fala e por isso dificulta a associação de frases completas.
Outra barreira associada à dificuldade em ouvir sons agudos é a complexidade em compreender sons de fundo ou separar vozes quando várias pessoas falam simultaneamente. Isso pode levar pessoas com perda auditiva a evitar situações sociais.
Distúrbio de Processamento Auditivo Central (DPAC)
A dificuldade em compreender a fala não é exclusivamente atribuída à perda auditiva; distúrbios como o Distúrbio de Processamento Auditivo Central (DPAC) também podem desempenhar um papel. Indivíduos com DPAC têm audição normal, mas seus cérebros enfrentam dificuldades na interpretação clara das informações sonoras.
Transtorno de Déficit de Atenção (TDA)
Outro distúrbio neurológico que contribui para essa dificuldade é o Transtorno de Déficit de Atenção (TDA). A incapacidade de compreender as palavras prejudica a concentração e complica o processo de aprendizado.
Na verdade, existem várias causas potenciais para a perda de audição, e estas podem variar em gravidade. Algumas das principais causas com maior número de queixas e diagnósticos médicos são:
- Envelhecimento (Presbiacusia): à medida que envelhecemos, as estruturas do ouvido podem sofrer desgaste natural, resultando em perda auditiva gradual.
- Exposição a ruídos altos: a exposição prolongada a sons altos, como música alta ou maquinaria industrial, pode danificar as células auditivas.
- Trauma acústico: lesões repentinas causadas por exposição a um som extremamente alto, como explosões, podem levar à perda auditiva.
- Infecções no ouvido: Infecções recorrentes ou crônicas no ouvido podem causar danos e resultar em perda auditiva.
- Perfuração do tímpano: uma lesão no tímpano, seja por infecção, trauma ou outro motivo, pode afetar a audição.
- Doenças genéticas: algumas condições genéticas podem predispor indivíduos a problemas auditivos.
- Medicamentos ototóxicos: certos medicamentos, como alguns antibióticos e quimioterápicos, podem ser prejudiciais para a audição.
- Doenças cardiovasculares: problemas de circulação sanguínea podem afetar a saúde auditiva.
- Diabetes: A diabetes mal controlada pode estar associada à perda auditiva.
- Problemas no ouvido interno: distúrbios como a doença de Ménière podem impactar a audição.
Frequentemente, o indivíduo afetado por essa condição pode não perceber, ou mesmo relutar, a perda auditiva. Na maioria dos casos, são amigos e familiares que identificam o problema, pois o paciente tende a atribuir a falta de compreensão aos outros. Casos como a TV está muito alta, o famoso jargão “ein”, zumbido ou ruídos no ouvido, dificuldade em ouvir campainhas e telefones tocando, são comuns nessa fase gradativa de perda de audição.
Independentemente da idade em que a dificuldade se manifesta, é crucial que o paciente não adie a busca por tratamento. Devido à percepção de que a perda auditiva não é total, muitos pacientes hesitam em procurar ajuda, ignorando a possibilidade de que o problema possa se agravar sem que percebam.
Auxílio na prescrição de aparelhos auditivos
Os aparelhos auditivos são fundamentais para que pacientes com perda auditiva possam ter uma vida mais tranquila e voltar a escutar os sons da vida de forma natural. Dentre eles podemos citar os principais tipos:
- Aparelhos Auditivos Microcanal Invisível (IIC): é o menor aparelho auditivo disponível no mercado, sendo personalizado para cada paciente e o mais invisível e discreto. Esse tipo de aparelho é adequado para perdas auditivas leves a moderadas.
- Aparelhos Auditivos Retroauriculares (BTE): é o tipo mais comum de aparelho auditivo e BTE significa behind the ear, ou atrás da orelha. São adaptados a orelha com um molde personalizado do conduto auditivo. Eles são leves e podem atender a todos os tipos de perdas auditivas, desde leve a profunda.
- Aparelhos Auditivos Intracanal (ITC): em inglês intra channel, são colocados dentro do canal auditivo, sendo confortáveis e de mais fácil manuseio. Alguns modelos podem apresentar recursos como botão de volume e de troca de programa. São indicados para perdas auditivas de leve a severa.
- Aparelhos Auditivos completamente dentro do canal auditivo (CIC): são projetados para se encaixarem completamente dentro do canal, tornando-os menos visíveis e mais confortáveis. São moldados para ficarem perfeitamente no canal auditivo individual e são adequados para perdas auditivas de leve a severa.
- Aparelhos Auditivos RIC (Receptor no Canal): esses dispositivos têm um receptor dentro do canal auditivo, conectado a um aparelho colocado atrás da orelha. São adequados para várias perdas auditivas e oferecem uma boa qualidade de som.
- Aparelhos Auditivos CROS e BiCROS: projetados para pessoas com perda auditiva em um ouvido, o CROS encaminha o som do ouvido surdo para o ouvido com audição normal, enquanto o BiCROS amplifica o som no ouvido com audição normal.
- Implantes Cocleares: são dispositivos cirurgicamente implantados no ouvido interno e são usados para pessoas com perda auditiva profunda ou grave que não se beneficiam de aparelhos auditivos convencionais.
- Aparelhos Auditivos Bluetooth: conectam-se a dispositivos eletrônicos, como smartphones e TVs, para facilitar a transmissão de áudio diretamente para os aparelhos auditivos.
Planejamento de tratamento
Baseado nos resultados, o médico pode criar um plano de tratamento individualizado para abordar as condições identificadas.
Aqui na Essencial Aparelhos Auditivos trabalhamos com profissionais altamente capacitados e somos referência em saúde e tecnologia auditiva, além de oferecer tudo para você que busca incluindo conteúdos informacionais. Nossa missão vai além de oferecer aparelhos auditivos; buscamos promover a conscientização e a importância da saúde auditiva para uma qualidade de vida e convívio melhor.