Fissura palatina
A fissura palatina é uma condição congênita que resulta em uma abertura no céu da boca, podendo afetar a alimentação, fala e desenvolvimento social da criança. O tratamento geralmente envolve cirurgias e acompanhamento multidisciplinar para garantir uma melhor qualidade de vida.
Mariana Pimentel
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Tempo de leitura: 3 minutos
A fissura palatina é uma malformação congênita, onde há uma separação incompleta ou ausência da fusão das estruturas que formam o céu da boca. Essa condição pode variar de um pequeno sulco até uma abertura ampla que se estende até as narinas, afetando a função de mastigação, fala e até a audição.
O que é fissura palatina?
A fissura palatina ocorre quando as partes que formam o céu da boca não se juntam adequadamente durante o desenvolvimento fetal. Essa condição pode ser isolada ou acompanhar outras anomalias, como a fissura labial, sendo chamada de “lábio leporino e fissura palatina” quando presentes simultaneamente.
Causas da fissura palatina
A causa exata da fissura palatina não é completamente conhecida, mas alguns fatores podem contribuir:
Fatores genéticos
Certos genes podem estar envolvidos no desenvolvimento da fissura palatina, especialmente em famílias com histórico de malformações faciais.
Exposição a substâncias nocivas
O uso de substâncias como álcool, tabaco ou medicamentos durante a gestação pode aumentar o risco de fissura palatina.
Deficiências nutricionais
A falta de ácido fólico e outros nutrientes essenciais durante a gestação pode ser um fator de risco.
Sintomas da fissura palatina
Os sintomas variam conforme a gravidade da condição e podem incluir:
- Dificuldades na alimentação: Devido à incapacidade de criar um vácuo adequado para sugar.
- Problemas de fala: Pode haver dificuldade para articular palavras, especialmente sons que exigem a separação correta do céu da boca e da cavidade nasal.
- Infecções de ouvido: As fissuras podem afetar a drenagem da orelha média, aumentando o risco de infecções de ouvido.
Diagnóstico da fissura palatina
A fissura palatina pode ser detectada durante o exame físico do bebê após o nascimento. Em alguns casos, exames de imagem, como ultrassonografia ou tomografia, podem ser realizados para avaliar a extensão da fissura e as estruturas envolvidas.
Tratamento da fissura palatina
O tratamento da fissura palatina geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar e pode incluir:
Cirurgia reconstrutiva
- A principal forma de tratamento é a cirurgia para fechar a fissura e restaurar a funcionalidade do céu da boca. Essa cirurgia é geralmente realizada entre 6 e 18 meses de idade, dependendo do caso.
Fonoaudiologia
- A fonoaudiologia é essencial para ajudar a criança a desenvolver a fala corretamente após a cirurgia, além de trabalhar na alimentação se houver dificuldades persistentes.
Acompanhamento auditivo
- Como as crianças com fissura palatina têm maior risco de infecções de ouvido, o acompanhamento regular da audição é necessário.
Psicologia e terapia ocupacional
- O apoio emocional e a orientação para as dificuldades no desenvolvimento social da criança também são partes importantes do tratamento.
A fissura palatina é uma condição que exige diagnóstico precoce e tratamento especializado. Com a combinação de cirurgias, terapias e acompanhamento, é possível melhorar a qualidade de vida dos pacientes, proporcionando desenvolvimento saudável e social.
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