Síndrome da orelha vermelha: o que é, causas, sintomas e tratamentos
Descubra o que é a síndrome da orelha vermelha, suas causas, sintomas, diagnóstico e opções de tratamento eficazes.

A síndrome da orelha vermelha é uma condição rara e pouco compreendida, caracterizada por episódios recorrentes de vermelhidão, calor e dor na orelha externa. Embora ainda seja alvo de estudos, essa síndrome pode afetar significativamente a qualidade de vida de quem convive com ela, causando desconforto e preocupação.
Neste artigo, você vai entender o que é a síndrome da orelha vermelha, quais são suas possíveis causas, sintomas, como é feito o diagnóstico e quais são as opções de tratamento disponíveis.
O que é a síndrome da orelha vermelha?
A síndrome da orelha vermelha (Red Ear Syndrome – RES) é uma condição neurológica rara caracterizada por ataques repetitivos de vermelhidão intensa, calor e dor em uma ou ambas as orelhas. Os episódios podem durar de minutos a horas e ocorrer várias vezes ao dia ou de forma esporádica.
A dor costuma ser descrita como ardente, latejante ou em queimação, e geralmente afeta a parte externa da orelha (pavilhão auricular). A vermelhidão pode variar de leve a intensa, sendo acompanhada por uma sensação de calor local.
Quais são as causas da síndrome da orelha vermelha?
A causa exata da síndrome da orelha vermelha ainda não é totalmente conhecida. No entanto, ela tem sido associada a diversas condições médicas e fatores desencadeantes. As principais hipóteses incluem:
Disfunção do nervo trigêmeo ou cervical
Estudos sugerem que a síndrome da orelha vermelha pode estar relacionada à irritação dos nervos cranianos, principalmente o nervo trigêmeo (envolvido na sensação facial) ou os nervos cervicais superiores (C2 e C3), responsáveis pela inervação da orelha.
Enxaqueca
Muitos pacientes com síndrome da orelha vermelha também sofrem de enxaqueca com aura ou enxaqueca hemiplégica. A síndrome pode ser considerada uma manifestação atípica de enxaqueca em alguns casos.
Disfunção da articulação temporomandibular (ATM)
Problemas na articulação temporomandibular também têm sido associados à RES. A conexão entre os músculos mastigatórios, a ATM e os nervos cervicais pode contribuir para o desenvolvimento dos sintomas.
Traumas ou lesões no pescoço e cabeça
Lesões cervicais, como o “golpe de chicote” (whiplash), podem desencadear a síndrome, ao afetar estruturas nervosas que se comunicam com a região da orelha.
Outros gatilhos
- Toque ou fricção na orelha
- Estresse emocional
- Exercício físico
- Mudanças de temperatura
- Consumo de alimentos ou bebidas quentes
Sintomas da síndrome da orelha vermelha
Os sintomas principais da síndrome da orelha vermelha incluem:
- Vermelhidão intensa da orelha externa
- Sensação de calor na orelha afetada
- Dor em queimação ou latejante, geralmente unilateral
- Sensibilidade ao toque na região auricular
- Irradiação da dor para o rosto, mandíbula ou pescoço (em alguns casos)
Os episódios podem durar de poucos minutos até várias horas e variar em frequência — desde alguns por mês até múltiplos por dia.
Como é feito o diagnóstico da síndrome da orelha vermelha?
O diagnóstico da síndrome da orelha vermelha é clínico, ou seja, baseado na descrição dos sintomas, na observação dos episódios e na exclusão de outras condições semelhantes, como:
- Dermatites
- Infecções de ouvido
- Neuralgias
- Enxaqueca comum
- Condições inflamatórias
É comum que o paciente seja avaliado por diversos especialistas, como otorrinolaringologista, neurologista e reumatologista, até que a RES seja considerada. Muitas vezes, o diagnóstico é por exclusão, após exames que descartam outras causas.
Existe tratamento para a síndrome da orelha vermelha?
Não há um tratamento específico e universalmente eficaz para a síndrome da orelha vermelha, mas alguns pacientes encontram alívio com abordagens combinadas. As opções incluem:
Medicamentos
- Antiinflamatórios não esteroides (AINEs): para aliviar a dor durante os episódios.
- Medicamentos preventivos para enxaqueca: como amitriptilina, topiramato ou propranolol.
- Anticonvulsivantes ou antidepressivos tricíclicos: usados em dores neuropáticas.
- Bloqueios nervosos ou infiltrações anestésicas: em casos mais graves.
Tratamento da causa subjacente
Se houver disfunção da ATM, hérnia cervical ou outra condição associada, tratá-la pode ajudar a reduzir os episódios.
Terapias complementares
- Fisioterapia para a coluna cervical
- Acupuntura
- Técnicas de relaxamento e controle do estresse
Evitar gatilhos
Identificar e evitar os fatores desencadeantes é uma das estratégias mais eficazes para controlar os sintomas.
A síndrome da orelha vermelha é perigosa?
Embora possa ser muito incômoda e dolorosa, a síndrome da orelha vermelha não representa risco de vida. No entanto, como está frequentemente associada a outras condições neurológicas, é essencial investigar possíveis causas subjacentes.
Convivendo com a síndrome da orelha vermelha
O acompanhamento multidisciplinar pode ajudar no controle dos sintomas. O paciente deve manter um diário com a frequência e duração dos episódios, além de possíveis gatilhos, para auxiliar no tratamento e no monitoramento da condição.
O suporte psicológico também pode ser útil, especialmente em casos em que a dor crônica compromete o bem-estar emocional e a qualidade de vida.
A síndrome da orelha vermelha é uma condição rara e desafiadora, mas com o diagnóstico adequado e o manejo correto, é possível controlar os sintomas e reduzir os episódios dolorosos. Se você sofre com dor, calor e vermelhidão recorrente na orelha, procure um profissional de saúde para avaliação.
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